A digitalização foi o mote para reflexão de temas como a sustentabilidade, biodiversidade, educação e territórios inteligentes, num debate e aprendizagem conjunta, sobre como a tecnologia e o digital podem operar um papel crucial na construção de uma sociedade mais inclusiva e sustentável.
Cascais, um concelho conhecido globalmente pelo investimento nas áreas da sustentabilidade e da inteligência, facultou, assim, um cenário inspirador para uma conferência internacional que visou também explorar a relação entre a tecnologia e a sustentabilidade, reforçando o compromisso do município com a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, tendo chamado ao palco oradores do universo municipal que contribuíram para a troca e partilhas de ações e visões que vão ao encontro das agendas digital e da sustentabilidade.
Na abertura da conferência, Frederico Nunes, vereador da Câmara Municipal de Cascais, assinalou o arranque dos três dias de trabalho: "Cascais foi escolhido para acolher este evento. E faz todo o sentido quando Cascais tem estado também na linha da frente naquilo que é a digitalização e a própria estratégia, no âmbito da sustentabilidade", referiu.
Dia 11 de julho, Miguel Justino, da equipa de Marketing e Inovação, juntamente com a representante da parceira DECO, apresentou o lançamento do Lifestyle Test para conhecer a pegada de carbono dos munícipes. Trata-se de um teste rápido online, em que podemos descobrir a nossa pegada de carbono pessoal, ainda receber dicas personalizadas sobre o nosso estilo de vida e criar um plano para uma vida sustentável. Com o olhar no futuro, João Dinis, do Gabinete de Ação Climática, da Cascais Ambiente, abordou o tema "Smart & Secure Cities".
No palco principal, no auditório, Luís Almeida Capão, diretor municipal e presidente da Cascais Ambiente - EMAC, deu o testemunho num painel, cujo tema foi "Cidades Inclusivas e Adaptáveis", incidindo sobre a ação da autarquia no combate às mudanças climáticas e como a digitalização auxilia as cidades, melhorando os sistemas de alerta precoce e aumentando a resiliência local por meio de monitoramento, modelagem e gémeos digitais. "Cascais tem feito um grande investimento na sensorização dos seus habitats, seja no oceano, seja na cidade, seja na floresta, seja nas ribeiras", disse. Acreditando que, quanto mais informação tivermos, mais nos podemos adaptar para ter um melhor conhecimento sobre Cascais, Luís Capão realçou que "um terço de Cascais é Parque Natural. Temos praia e oceano, com toda a sua vivacidade e toda a sua imponência", explicou.
Em cima da mesa, também os desafios do desenvolvimento dessas soluções digitais, os custos envolvidos e as consequências da inação, e como a tecnologia pode promover o engajamento da comunidade, a tomada de decisões e a resiliência.
Ainda a assinalar o cunho do universo municipal, Rodrigo Melo Castro, da DNA Cascais, apresentou a Agência de Empreendedorismo do município de Cascais, cujo objetivo é apoiar e promover a criação de empresas e acompanhar os primeiros anos de atividade.
Marta Cotrim, responsável municipal de Marketing e Inovação, partilhou a reflexão sobre o Acelerador "Future Cities, Future Communities" do Ecossistema de Inovação da Nova SBE, em que Cascais é o único munícipio envolvido. "Esta é uma oportunidade para partilharmos a forma como nós temos utilizado o digital e a tecnologia para aumentar a qualidade de vida dos nossos cidadãos. Temos aqui vários colegas que vieram partilhar as suas boas práticas. Ontem tivemos, por exemplo, a georeferenciação da Carta Social, onde o cidadão pode consultar informação útil, vagas em creches, localização de um lar e, portanto, como é que nós podemos potenciar a tecnologia no dia a dia?", adiantou, no último dia da Summit.