Sabia que em Cascais monitorizamos a recolha de resíduos urbanos? Com o crescimento da população residente nos últimos anos, poderia ser expectável um aumento do volume de resíduos produzidos. No entanto, e fruto da existência de políticas de sustentabilidade ambiental e de uma população ativa que acredita nos 7 R's da Sustentabilidade (Repensar, Recusar, Reduzir, Reaproveitar, Reutilizar, Reciclar e Recuperar), a partir de 2019 tem sido possível registar um decréscimo de resíduos produzidos.
Os esforços conjuntos permitem mudar comportamentos e, inclusive, contribuir para o alcance de metas ambientais (exemplo disso é o aumento de recolha de resíduos recicláveis, em detrimento dos indiferenciados).
Na rota para a sustentabilidade e neutralidade carbónica 2050, todas as ações contam. Descubra todos os dados no dashboard abaixo:
Cascais tem dado passos consistentes na missão de desviar o lixo dos aterros e promover a economia circular. Analisando o gráfico acima, tendo por termo de comparação os anos de 2014 e 2022, verificamos uma evolução clara ao nível da recolha:
Papel
Em 2014 - 2.817,86 toneladas
Em 2022 - 5.690,10 toneladas (+101,9%)
Vidro
Em 2014 - 2.124,90 toneladas
Em 2022 - 4.587,74 toneladas (+115,9%)
Plástico
Em 2014 - 1.485,36 toneladas
Em 2022 - 3.743,60 toneladas (+152%)
O concelho de Cascais está abrangido por uma vasta rede operacional. A Recolha diária de Resíduos Indiferenciados é a mais conhecida e abrange todo o concelho. Ao longo do município temos à disposição contentores para depositar seletivamente vidro, papel e cartão, embalagens de plástico, metal e pacotes para líquidos alimentares, sendo esta recolha denominada de Recolha Seletiva.
A Rede de Ecocentros é dedicada à recolha de cabos elétricos, pequenos eletrodomésticos, pilhas, baterias, toners e tinteiros, lâmpadas, latas de spray, loiças, espelhos e vidros, Cassetes, DVDs, CDs, latas de tintas, livros, revistas, rolhas, caricas e cápsulas de café.
A Rede de Oleões permite a recolha Óleos Alimentares Usados (OAU) que quando despejados indevidamente no esgoto (ralo da cozinha ou santita) podem danificar os canos, potenciar o aparecimento de pragas e provocar problemas nas estações de tratamento de águas residuais.
Saiba mais em Cascais Ambiente
Cascais detém uma riqueza natural incalculável, desde a costa ao parque natural, passando pelas ribeiras. Visando a sua valorização e manutenção, o município desenvolve projetos e iniciativas inovadoras e sustentáveis, procurando simultaneamente responder aos desafios ambientais e de preservação do planeta. Através da ação integrada e gestão inteligente dos recursos, queremos alcançar os objetivos e compromissos assumidos pelo município para a adaptação às alterações climáticas, e apostar na utilização de novas formas de energia, rumo ao carbono zero.
A rede de sensores de qualidade do ar e meteorologia de Cascais iniciou a sua monitorização em 2002, a partir da instalação do primeiro sensor no centro de Cascais. Em 2020 foi implementado um sistema de onze sensores de monitorização da qualidade do ar, dedicado à medição de indicadores de poluição e meteorologia.
Existem sensores em todas as freguesias do concelho, de forma a assegurar a representatividade das medições. Os dados do projeto, cuja entidade gestora é a Cascais Ambiente, estão acessíveis e disponíveis nos Dados Abertos.
Explore dados provenientes das estações aqui.
Apresentado em Março de 2022, o projeto iTree procura estudar o impacto do arvoredo urbano na qualidade de vida dos cidadãos.
Recorrendo à App iTree, é possível não só identificar as árvores urbanas de Cascais, como também estudar os seus benefícios - por exemplo, saber qual o valor ecossistémico de cada uma das 15 mil árvores identificadas nas ruas do concelho.
Através do protocolo com o Instituto Superior de Agronomia, já foram estudadas 2600 árvores de 130 espécies diferentes.
O Cascais Smart Pole by NOVA SBE é o primeiro living lab de descarbonização, localizado em Carcavelos. Servirá de catalisador do desenvolvimento sustentável e da neutralidade carbónica, assente no empreendedorismo e na ação cívica, acompanhando as metas nacionais e do município para a descarbonização definidas para 2050.
Resulta da parceria entre a Fundação Alfredo de Sousa, a NOVA School of Business & Economics, a Câmara Municipal de Cascais, a Cascais Ambiente, a Get2C, a PRIO BIO, a Veolia e a Avfallsteknisk Montasje AS (Noruega) e financiamento pelos EEA Grants.
A Matriz Energética pretende diagnosticar os perfis de consumo energético em curso no município, e desta forma identificar quais os sectores responsáveis por consumos mais elevados, assim como quais os principais focos emissores de dióxido de carbono (o principal gás com efeito de estufa - GEE - responsável pelas alterações climáticas).
Esta análise irá permitir a definição de estratégias de mitigação, mas também identificar oportunidades de melhoria da eficiência energética e de inserção de mais energias renováveis adequadas ao concelho.
Com análises definidas por períodos de 5 anos, é possível analisar o consumo por tipos de energia e sectores de atividade.
A Matriz da Água caracteriza e quantifica os principais fluxos de água no município, identificando os principais intervenientes no ciclo da água em Cascais.
Esta informação permite definir um conjunto de medidas e de ações para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável onde a água é visada como principal elemento.
O estudo efetuado permitiu sintetizar informação sobre as várias etapas do ciclo da água (precipitação, escoamento, linhas de água e fluxos artificiais, sistemas de abastecimento de água e drenagem de águas residuais e pluviais), assim como caracterizar o balanço hídrico do município para um período quinquenal.
Ao compreender as várias fases do processo e parâmetros que o influenciam, os intervenientes (assim como académicos e cidadãos interessados na temática) podem compreender a eficiência do ciclo, e com base nisso, definir metas que melhorem a sua performance, tendo em vista o cumprimento das metas globais para a sustentabilidade aquífera.
O AdaptCascais é um fundo municipal que visa apoiar as associações e entidades privadas na realização de ações que contribuem para a adaptação às alterações climáticas.
A edição de 2021 financiou 8 projetos com valores até 3 000€, nas seguintes tipologias: Campanhas de sensibilização, comunicação e capacitação; Envolvimento com as escolas; Requalificação ambiental para redução de vulnerabilidades; Promoção e valorização de espaços verdes com soluções de base natural; Ações para poupança de água.
Este projeto contabiliza ao momento 163 ações, abrangendo 2 075 participantes em 7 escolas do concelho, com um alcance de 337 000 pessoas nas redes sociais. Como impacto ambiental, contam-se 6 000 kg de plástico recolhidos no mar e 380 kg recolhidos na rua, 91 árvores plantadas e 1 150 m de requalificação de ribeiras.
A segunda edição conta com 48 000€, e o processo de candidatura decorre até fim de abril.
O roteiro para a Neutralidade Carbónica representa uma evolução natural que consolida as práticas desenvolvidas pelo município em prol do ambiente e da resiliência do território e das suas populações, face às alterações climáticas e devida necessidade de adaptação da comunidade.
Seguindo as metas internacionais para a neutralidade carbónica e o seu papel pioneiro de atuação, a autarquia iniciou em 2019 um processo para definição de metas concretizáveis, com base num plano de ação.
A elaboração deste plano contemplou vários cenários de emissões de GEE a partir de um ano de referência (2015), o que permite solucionar antecipadamente vários desafios que poderão surgir até 2050.
A partir da identificação do gap para a neutralidade carbónica, são determinadas as melhores soluções para desencadear processos mais rápidos de mitigação ao longo dos próximos anos, não esquecendo o envolvimento e papel pró-ativo da comunidade na concretização dos objetivos.