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Primeira Unidade H2, Energia Limpa
Posto de hidrogénio 2

 

A Câmara Municipal de Cascais (CMC), através da empresa municipal Cascais Próxima, responsável pela gestão da mobilidade, espaços urbanos e energias, está a construir a primeira unidade de produção, armazenamento e abastecimento de veículos movidos a hidrogénio, colocando uma vez mais o município de Cascais um passo à frente no caminho da inovação e sustentabilidade.

Pretendendo inverter o paradigma com que atualmente nos deparamos, a produção deverá ter início no decurso deste ano.

Sabemos que 50% das emissões dos gases com efeito de estufa provém do setor dos transportes, o que torna a procura por alternativas mais sustentáveis uma das principais preocupações da atualidade. Neste contexto, a mobilidade elétrica, o biocombustível e o hidrogénio - os denominados combustíveis sustentáveis - são os principais protagonistas de um futuro mais verde.

Para Cascais, o uso do hidrogénio é uma peça chave na estratégia definida rumo à neutralidade carbónica em 2050, ou seja, tornar nulo o balanço entre as emissões e as remoções de dióxido de carbono e outros gases com efeito de estufa (GEE) da atmosfera. Neste contexto e num outro âmbito, a Cascais Ambiente encontra-se a desenvolver um projeto de produção de H2 a partir de resíduos urbanos.

 

A Estratégia Nacional - H2 assume como principais metas para 2030:

5% de hidrogénio verde no consumo final de energia, no transporte rodoviário e na indústria;
15% de hidrogénio verde injetados nas redes de gás natural;
50 a 100 estações de abastecimento para hidrogénio;
entre 2 a 2,5 GW de capacidade de produção (eletrolisadores).

Considera-se como hidrogénio verde aquele que é produzido exclusivamente a partir de processos que utilizem energia de fontes de origem renovável. Por essa razão o hidrogénio verde deve ser entendido como hidrogénio renovável, cujas emissões de GEE ao longo do ciclo de vida da sua produção devem ser zero ou muito próximas de zero.

Fonte: Agência Portuguesa do Ambiente

Posto de hidrogénio 1

- Ao construir uma unidade de produção, armazenamento e abastecimento, Cascais torna-se no primeiro município do país a ter uma destas infraestruturas.
- Cascais passou de Projeto-Piloto para uma operação de Transportes Públicos (TP) a hidrogénio eficaz e fiável, já com 4 autocarros afetos às linhas M38, M43 e M44.
- Esta unidade torna a CMC autossuficiente, refletindo um forte compromisso com a sustentabilidade.
- Inicialmente, a unidade será para autoconsumo camarário. Foram solicitadas todas as certificações necessárias à abertura ao público.
- Permite utilizar energia e água de forma eficiente.
- Evita a produção de resíduos, promovendo a sua valorização ou eliminação, de modo a evitar ou reduzir o seu impacto no ambiente.
- Representa um investimento na ordem de um milhão e setecentos mil euros por parte da autarquia.
- A estação terá capacidade de produzir até 389kg por dia, sendo que destes, apenas 100kg são necessários para abastecimento da operação diária dos TP. A restante produção servirá outros stakeholders que pretendam acompanhar a transição para a mobilidade sustentável com recurso ao Hidrogénio.
- Existirão dois dispensadores para reabastecimento a 350bar e 700bar.

A experiência adquirida ao longo destes anos vem demonstrar que a descarbonização do Transporte Público de Passageiros deve assumir a utilização do hidrogénio como solução eficaz, quer pelas vantagens ambientais, quer pelas vantagens operacionais, nomeadamente:

- A solução de hidrogénio permite uma maior autonomia: enquanto o autocarro elétrico tem de 300 a 350 km, o autocarro a pilha de hidrogénio tem uma autonomia aproximada de 600 km (praticamente o dobro).

- O tempo de carregamento é ainda significativamente inferior: o carregamento completo de um autocarro elétrico leva, no mínimo, 4 horas, enquanto o autocarro elétrico a pilha de hidrogénio reabastece em 10 minutos.

 

Autocarro Hidrogénio

A experiência adquirida ao longo destes anos vem demonstrar que a descarbonização do Transporte Público de Passageiros deve assumir a utilização do hidrogénio como solução eficaz, quer pelas vantagens ambientais, quer pelas vantagens operacionais.

Este projeto responde a 4 objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS):

- 7. Energia acessível e limpa;
- 11. Cidades e comunidades sustentáveis;
- 12. Produção e consumo sustentáveis;
- 13. Ação climática.

Explore e crie novas visualizações com os dados de Ambiente & Energia que disponibilizamos em formato aberto.

Para um Concelho Resiliente e Sustentável
A caminho da neutralidade carbónica

Cascais detém uma riqueza natural incalculável, desde a costa ao parque natural, passando pelas ribeiras. Visando a sua valorização e manutenção, o município desenvolve projetos e iniciativas inovadoras e sustentáveis, procurando simultaneamente responder aos desafios ambientais e de preservação do planeta. Através da ação integrada e gestão inteligente dos recursos, queremos alcançar os objetivos e compromissos assumidos pelo município para a adaptação às alterações climáticas, e apostar na utilização de novas formas de energia, rumo ao carbono zero. 

Rede de Sensores de Qualidade do Ar e Meteorologia

A rede de sensores de qualidade do ar e meteorologia de Cascais iniciou a sua monitorização em 2002, a partir da instalação do primeiro sensor no centro de Cascais. Em 2020 foi implementado um sistema de onze sensores de monitorização da qualidade do ar, dedicado à medição de indicadores de poluição e meteorologia.

Existem sensores em todas as freguesias do concelho, de forma a assegurar a representatividade das medições.  Os dados do projeto, cuja entidade gestora é a Cascais Ambiente, estão acessíveis e disponíveis nos Dados Abertos. 

Explore dados provenientes das estações aqui.

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iTree

Apresentado em Março de 2022, o projeto iTree procura estudar o impacto do arvoredo urbano na qualidade de vida dos cidadãos. 

Recorrendo à App iTree, é possível não só identificar as árvores urbanas de Cascais, como também estudar os seus benefícios - por exemplo, saber qual o valor ecossistémico de cada uma das 15 mil árvores identificadas nas ruas do concelho.
Através do protocolo com o Instituto Superior de Agronomia, já foram estudadas 2600 árvores de 130 espécies diferentes.

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Cascais Smart Pole

O Cascais Smart Pole by NOVA SBE é o primeiro living lab de descarbonização, localizado em Carcavelos. Servirá de catalisador do desenvolvimento sustentável e da neutralidade carbónica, assente no empreendedorismo e na ação cívica, acompanhando as metas nacionais e do município para a descarbonização definidas para 2050. 

Resulta da parceria entre a Fundação Alfredo de Sousa, a NOVA School of Business & Economics, a Câmara Municipal de Cascais, a Cascais Ambiente, a Get2C,  a PRIO BIO, a Veolia e a Avfallsteknisk Montasje AS (Noruega) e financiamento pelos EEA Grants.

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Matriz Energética

A Matriz Energética pretende diagnosticar os perfis de consumo energético em curso no município, e desta forma identificar quais os sectores responsáveis por consumos mais elevados, assim como quais os principais focos emissores de dióxido de carbono (o principal gás com efeito de estufa - GEE - responsável pelas alterações climáticas).

Esta análise irá permitir a definição de estratégias de mitigação, mas também identificar oportunidades de melhoria da eficiência energética e de inserção de mais energias renováveis adequadas ao concelho. 

Com análises definidas por períodos de 5 anos, é possível analisar o consumo por tipos de energia e sectores de atividade. 

Análise 2010-2015 | Análise 2000 - 2005

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Matriz da Água

A Matriz da Água caracteriza e quantifica os principais fluxos de água no município, identificando os principais intervenientes no ciclo da água em Cascais.

Esta informação permite definir um conjunto de medidas e de ações para o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável onde a água é visada como principal elemento.  

O estudo efetuado permitiu sintetizar informação sobre as várias etapas do ciclo da água (precipitação, escoamento, linhas de água e fluxos artificiais, sistemas de abastecimento de água e drenagem de águas residuais e pluviais), assim como caracterizar o balanço hídrico do município para um período quinquenal. 

Ao compreender as várias fases do processo e parâmetros que o influenciam, os intervenientes (assim como académicos e cidadãos interessados na temática) podem compreender a eficiência do ciclo, e com base nisso, definir metas que melhorem a sua performance, tendo em vista o cumprimento das metas globais para a sustentabilidade aquífera. 

Relatório completo | Dashboard Interativo

Fundo AdaptCascais

O AdaptCascais é um fundo municipal que visa apoiar as associações e entidades privadas na realização de ações que contribuem para a adaptação às alterações climáticas. 
A edição de 2021 financiou 8 projetos com valores até 3 000€, nas seguintes tipologias: Campanhas de sensibilização, comunicação e capacitação; Envolvimento com as escolas; Requalificação ambiental para redução de vulnerabilidades; Promoção e valorização de espaços verdes com soluções de base natural; Ações para poupança de água.

Este projeto contabiliza ao momento 163 ações, abrangendo 2 075 participantes em 7 escolas do concelho, com um alcance de 337 000 pessoas nas redes sociais. Como impacto ambiental, contam-se  6 000 kg de plástico recolhidos no mar e 380 kg recolhidos na rua, 91 árvores plantadas e 1 150 m de requalificação de ribeiras.

A segunda edição conta com 48 000€, e o processo de candidatura decorre até fim de abril. 

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Roteiro para a Neutralidade Carbónica

O roteiro para a Neutralidade Carbónica representa uma evolução natural que consolida as práticas desenvolvidas pelo município em prol do ambiente e da resiliência do território e das suas populações, face às alterações climáticas e devida necessidade de adaptação da comunidade. 

Seguindo as metas internacionais para a neutralidade carbónica e o seu papel pioneiro de atuação, a autarquia iniciou em 2019 um processo para definição de metas concretizáveis, com base num plano de ação. 

A elaboração deste plano contemplou vários cenários de emissões de GEE a partir de um ano de referência (2015), o que permite solucionar antecipadamente vários desafios que poderão surgir até 2050.

A partir da identificação do gap para a neutralidade carbónica, são determinadas as melhores soluções para desencadear processos mais rápidos de mitigação ao longo dos próximos anos, não esquecendo o envolvimento e papel pró-ativo da comunidade na concretização dos objetivos. 

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