Decorre em Lisboa entre os dias 27 de fevereiro e 1 de março a World Ocean Summit & Expo, e o município de Cascais não pode deixar de marcar presença.
Após o primeiro dia de conferência, reforça-se a importância da saúde dos oceanos e dos sistemas de observação e captação de dados (mas também de partilha entre pares), assim como a necessidade de repensar as formas de operação no mar, seja por parte dos grandes grupos económicos de pesca e transporte, seja através da recolha científica e processos de monitorização.
A observação dos comportamentos marítimos através de ferramentas espaciais em complementaridade com a observação direta, em detrimento de modelos pré-estabelecidos, tem trazido melhorias de intervenção local, com impactos que podem ser redimensionados.
Se a presença de microplásticos no mar se alastra à escala global, são muitas as iniciativas de restauração de ecossistemas e reabilitação carbónica. Outra das preocupações mais prementes passa por encontrar soluções para medir os 9 Limites Planetários à escala local, e encontrar indicadores ajustados a essa monitorização.
A cuidar dos oceanos há mais de uma década
Em Cascais a preocupação com os oceanos tem sido abordada sobre várias vertentes, no esforço por encontrar o equilíbrio entre a sustentabilidade ambiental e o usufruto do melhor da nossa costa. A criação da Área Marinha Protegida das Avencas e o Projeto Aquasig (Carta de sensibilidade e potencialidade da zona costeira de Cascais) são alguns dos exemplos dos projetos existentes, reforçando-se a necessidade de proteção e regeneração dos ecossistemas locais, combate a espécies invasoras, aposta em ações de sensibilização e proteção, sempre num diálogo comum com os agentes locais, para que esta meta seja um esforço de todos, em prol da proteção de um dos nossos recursos mais preciosos, o mar.
A World Ocean Summit & Expo decorre até à próxima quarta-feira.