A Estratégia da Água, apresentada no início do corrente ano, é um passo em frente para o futuro hídrico de Cascais, com um potencial de poupança de água potável de 800 m3/dia - cerca de 10 piscinas olímpicas por mês.
- Reduzir o consumo de água potável em operações como a limpeza de ruas e a rega de espaços verdes, promovendo a utilização de águas residuais tratadas e de águas de drenagem de sistemas de rega.
Leia mais sobre o consumo inteligente da água, aqui.
A sua origem é a ETAR da Guia e a qualidade é garantida por um rigoroso processo de tratamento. É formado pela rede de recolha, drenagem, elevação ou armazenamento desde o ponto de entrega até ao ponto de aplicação. Potencialidades do sistema:
- Limpeza urbana;
- Rega de espaços verdes;
- Agricultura;
- Rega de campos de golfe;
- Combate a incêndios...
Evita a extração de água das origens naturais, promove a economia circular e a eficiência hídrica, reduz os custos municipais, mantendo a qualidade dos serviços.
Piscinas Municipais – Abóboda e Alcabideche
- Poupança de água - 4.700 m3/ano
- Reutilização de caudais de renovação das piscinas - autoclismos
- Dispositivos + eficientes - wc e balneários
Clube Ténis do Estoril
- Poupança da água estimada - 3.400 m3/ano
- Dispositivos + eficientes - wc e balneários
- Aproveitamento de águas pluviais - rega campos de ténis
Escolas – 1ª fase: 10 + 4 escolas
- Poupança água estimada - 7.100 m3/ano
- Auditorias hídricas e substituição de dispositivos hídricos por outros mais eficientes – concluído 2024
- Elaboração dos projetos de execução para o aproveitamento das águas pluviais (SAAP) – utilização em wc, rega EV e lavagem de pavimentos.
- Edifícios municipais - 1ª fase
- Poupança água estimada - 1.460 m3/ano
- 11 edifícios: 11 Auditorias hídricas + 11 Estudos de viabilidade técnico-económica para a melhoria da respetiva eficiência hídrica
- Estudos de viabilidade técnico-económica para 2 dos edifícios para a implementação de SAAP para o abastecimento dos autoclismos e rega dos espaços verdes, das respetivas instalações
A água é um bem escasso e não faz sentido continuar a desperdiçá-la, e por isso, a partir de agora, as nossas ruas, as ilhas ecológicas e os contentores de resíduos, que eram até aqui lavados com água potável, passarão a ser lavados com água proveniente da Fábrica da Água da Guia. Estamos a avançar para uma segunda etapa, que vai permitir que esta água sirva para abastecer a rega dos jardins públicos e dos campos de golfe do concelho.
Nuno Piteira Lopes, Vice-Presidente CM Cascais
Se queremos continuar a ter água acessível, temos de arranjar formas de a garantir e de a manter mais tempo no concelho, um concelho que funcione como uma esponja.
Luís Capão, Diretor Municipal Ambiente e Sustentabilidade
Surge da necessidade de identificar, caracterizar e quantificar os principais fluxos de água no município, bem como identificar os principais intervenientes no ciclo da água em Cascais. Neste documento encontra-se sintetizada informação relativa às componentes natural e artificial do ciclo da água, ou seja, aos fluxos de água provenientes da precipitação, do escoamento e das linhas de água, e aos fluxos artificiais decorrentes da intervenção humana associados aos sistemas de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais e pluviais. Aceda ao documento aqui
Segundo a Matriz da Água, o sistema de abastecimento de água de Cascais é constituído por 56 km de condutas adutoras, 1411 km de condutas de distribuição, 21 reservatórios e 24 estações elevatória. O consumo de água potável em Cascais tem permanecido da ordem dos 16 milhões de m3 por ano – o equivalente a cerca de 6400 piscinas olímpicas. Das quatro freguesias do município, a de Cascais e Estoril é a que mais água consome, representando cerca de 40% do consumo global. O maior consumo de água na freguesia de Cascais e Estoril em relação às restantes freguesias deve-se ao maior número de habitantes bem como à prevalência das atividades económicas.